domingo, 28 de fevereiro de 2010

notícias daquela vida boa





Praia Vermelha, Ubatuba, dezembro de 2009

tem açaí e suco de abacaxi com hortelã gelado, sombra de árvore pra ler, roda de amigos pra conversar, parceiro pra jogar frescobol e uma casa logo perto pra deitar no sofá e curtir o cansaço do sol.
acho que não preciso conhecer todas as praias do mundo pra saber qual é pra mim, a melhor.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Nataly

a noite




a noite tem mistérios que o dia não imagina e nem a própria noite explica.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

encontro



na espera,
acabei tomando aquele vinho sozinha.
mal sabia ele que havia pedido o melhor da casa.

Júlia

me dá a volta

troços


Amsterdan, outubro de 2009.

em cada troço do caminho,
encontrava um troço de mim.

aniversário feliz


Calonge, Espanha, agosto de 2009.

fecha os olhos,
faz um pedido,
e sopra.

Panel de abejas


Calonge, Espanha, agosto de 2009.

era uma vez uma casa encantada.

dentro, fora


Amsterdan, outubro de 2009.

vem comigo dar uma volta no parque?

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

despedidas


Maiorca, Espanha, julho de 2009

eu fui
e ele ficou.

um ano depois,
ele se foi
e eu fiquei.

infinitivo: escorregar


eu escorrego
agora é ocê
a gente escorrega
e é a vez deles.

Suzanne, rastros de mulher





Nunca gostei que me pusessem rótulos de feminidade, tais como delicadeza, sensualidade e todas aquelas coisas que vem incluídas no "pacote mulher". E como se estivesse numa luta, sempre me esforcei pra não ser reconhecida como tal.

Minha irmã, ao contrário, aos 13 anos, já desfilava um corpo cheio de curvas e peitos suntuosos. Com um incrível bom gosto, apesar da sua pouca idade, se vestía com roupas e acessórios que lhe fazíam parecer uma pequena mulher.

Sempre soube contemplar suas delicadezas, mas como algo distante, já que tinha certeza de que todo este universo pintado de rosa não tinha nada haver comigo.

Hoje Suzanne já tem 21 anos e sim, é uma grande mulher. Pra mim, ela sempre foi. Eu deixei de lutar e acabei encontrando minha feminidade, tão diferente e tão igual a dela. Continuo observando e admirando sua beleza e sempre que posso, pego minha câmera e levo ela comigo. Ela fala que nos completamos, e eu também penso assim.

Esta série de 3 imágens são capturas de rastros que deixa Suzanne quando sai do seu quarto. Quando entrava aí, esses pequenos detalhes me faziam perceber sua recém presença. Essas fotografias são pra mim, um retrato dela.

hora de sofá





Ubatuba, dezembro de 2009.

era como um ritual
manhã, tarde ou noite
depois do café, do almoço ou da janta
sempre que um relógio não fazia falta
era hora de sofá.

estática














não lembro bem como foi,
só sei que escutei ela dizendo:
preciso parar.

sai pela rua e a encontrei assim.

ela não se mexia,
não falava.

era eu,
era eu que estava estática.